terça-feira, 12 de setembro de 2017

24º Domingo Comum - Ano A

24º Domingo Comum
Perdão
Gn 33.1-10 / Sl 103.1-13 / Rm 14.7-9 / Mateus 18.21-35

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O tema desta semana é o perdão. Por várias vezes Jesus nos ensina que o perdão que exercemos sobre o próximo nos garante o perdão de Deus. Ele nos adverte: Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas (Mateus 6.15).
Somente caminhando no perdão poderemos ter uma vida de excelência espiritual, mental e psicológica.

I. Quantas vezes devemos perdoar? - Mateus 18.21-35
Em Mateus 18, Pedro pergunta quantas vezes devia perdoar seu irmão que havia pecado. A tradição judaica falava em sete vezes. Jesus responde (22): “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (490 vezes).
O Senhor está deixando claro que não se trata de quantas vezes meu irmão peca, mas que devemos ter sempre um espírito perdoador. Não podemos desistir de ninguém.
Para exemplificar a importância do perdão o Senhor conta a parábola do homem que foi muito perdoado pelo seu senhor, mas que não exerceu o perdão sobre o próximo que lhe devia muito menos (23-34). O seu senhor lhe diz: “Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti”?
Jesus nos adverte dizendo: “Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”.
Devemos perdoar no intimo (no coração) o irmão que nos ofendeu. Exercer a misericórdia assim como Jesus exerce Sua misericórdia sobre nossa vida.

II. O exemplo de Esaú - Gênesis 33.1-10
Jacó havia enganado Esaú e ficado com a bênção da primogenitura (a bênção dada ao filho mais velho) que pertencia a seu irmão (Gn 27.24-29). Por isso ele foi morar na casa do seu tio Labão.
Depois de vinte anos, Jacó recebe a direção de Deus para voltar para a sua terra em Canaã. Mas teria que enfrentar a fúria de seu irmão enganado.
Contudo, Gênesis 33 revela a atitude do coração de Esaú. Jacó fica morrendo de medo e Esaú estende as mãos da misericórdia. O v. 4 diz: “Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram”.
Esaú tem a graça do perdão. Deixa para trás o que passou. Ele é abençoado por Deus para poder abraçar seu irmão sem carregar sentimentos de mágoas ou ressentimento.
Esaú é um exemplo de como devemos tratar o nosso passado. Sempre quando olhar para trás, use os “óculos” do perdão e da reconciliação. Assim teremos condições de ser feliz.

III. O Caráter perdoador de Deus - Salmo 103
            O Salmo 103 revela que o caráter de Deus é de perdão e misericórdia.
Ele é quem perdoa todas as nossas iniquidades; quem sara todas as nossas enfermidades; quem da cova redime a nossa vida e nos coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a nossa velhice, de sorte que a nossa mocidade se renova como a da águia.
            Deus é misericordioso, compassivo e longânimo (8). Ele não fica conservando mágoas (9) e nem nos trata com vingança e ressentimento (10).
            Quem teme a Deus, sempre alcança a misericórdia (11).
            O Senhor retira de nós o pecado e se compadece como um pai compadece de seus filhos (12,13).

IV. Livres para perdoar - Romanos 14.7-9
            Em Romanos 14, Paulo nos ensina que a nossa vida terrena e nossa morte são direcionadas ao Senhor. Vivemos e morremos para Deus. Ninguém vive para si ou morre para si.
            Quando aprendermos que o nosso foco é o Senhor, então não existirá mais mágoas ou ressentimentos. Não vivemos para nós mesmos. Não defendemos mais nossos interesses mesquinhos. Nosso foco é Deus.
            Somos do Senhor e não precisamos mais ficar presos em mágoas ou ressentimentos. Vivos ou mortos somos de Jesus. Não pertencemos ao ser humano. Nossa pátria não está aqui. Nossa vida é de Deus.
            Podemos livremente perdoar a todos e seguir alegremente nossa vida rumo ao céu.  Somos livres para perdoar.

Conclusão:
            O Senhor nos ensinou a exigência do perdão. Vimos o exemplo de Esaú e Jacó e aprendemos que o caráter de Deus é de perdão e misericórdia. Hoje, em Cristo Jesus, somos livres para perdoar. Podemos viver uma vida em abundância e paz se praticarmos o que aprendemos. A mágoa e o ressentimento envelhecem nosso coração. Não deixa isso acontecer em sua vida.  

Ó Deus, protetor dos que em ti confiam, sem o qual nada é forte, nada é santo; acrescenta e multiplica a tua misericórdia para conosco, a fim de que, sob o teu governo e direção, vivamos esta vida de tal maneira que não percamos a vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.



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